sábado, 29 de setembro de 2007

Região consegue preservar animais como a onça-parda

Grupo encontra pegadas em Piratininga; tucanos reaparecem em Cabrália

Se você está cansado do barulho do trânsito, da poluição urbana e da correria do dia-a-dia, dê um pulinho até Piratininga. Quem sabe não dá de cara com uma onça-parda. Ou vá até Cabrália Paulista ver de perto um tucano.

Membros do Fórum Pró-Batalha e da Semma encontraram há duas semanas pegadas de onça-parda na região do córrego Lagoa Dourada, afluente do rio Batalha, numa fazenda em Piratininga. A notícia confirma que a região de Bauru ainda guarda preciosidades da fauna.

A pegada desse animal tem o tamanho aproximado de uma caneta e estava perto do local onde a Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e o Pró-Batalha plantam árvores para reflorestar as margens do córrego.

“Esse reflorestamento vai conectar os focos de floresta original que existem hoje mas estão separados uns dos outros. Isso proporcionará mais animais no futuro”, comemora o engenheiro agrônomo David Geraldo Pompei, coordenador do Pró-Batalha.

Nos córregos
Fazendas na região do rio Batalha, nos municípios de Bauru, Piratininga e Agudos, conservam 130 hectares de área verde da floresta de transição entre cerrado e mata atlântica, explica ele. É algo equivalente a 120 campos de futebol. “As onças-pardas precisam de pelo menos 25 quilômetros quadrados para sobreviver. Elas bebem água nos córregos. Não deixa de ser surpresa encontrar pegadas.”

Das onças, somente a parda é nativa da região. Há três anos, pesquisadores teriam visto uma delas com um filhote durante o dia.

Há registro de aparição diurna em Botucatu, diz o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Não há informações sobre ataques a humanos ocorridos na região.

Em média, 2 animais atropelados por dia
O número de animais mortos nas rodovias administradas pela Centrovias é de 968 – média de 2,12 por dia – ao longo de 2006 e no primeiro trimestre de 2007, afirma a concessionária.

Números que preocupam o Ibama, afirma Lélia Lourenço Pinto, chefe do escritório regional. Questionada, a Centrovias informou que já construiu nove passagens de fauna no trecho Itirapina-Jaú.

Além da onça-parda, a região ainda tem exemplares do lobo-guará. As duas espécies estão na lista do Ministério do Meio Ambiente de animais ameaçados de extinção, consideradas “vulneráveis”.

Apesar da crescente cultura canavieira, que toma espaço de florestas, a chefe do Ibama traz outra boa notícia: a reaparição de tucanos em Cabrália, Duartina e Paulistânia. “Essas aves, a onça e o lobo-guará indicam que nossa região ainda tem equilíbrio ambiental. Acredito num amadurecimento da população no sentido para preservar.”


Denuncie devastação ambiental
• Ao Ibama: (14) 3203-0151
• À PM Ambiental: (14) 3203-2700 (Contactos Brasil)


Zôo: com lobo, sem puma
Existem dois pontos de vista a respeito da presença de onças-pardas na região de Bauru, explica o zootecnista e diretor do zoológico municipal, Luis Pires.

“Primeiro, que seria positivo, é avaliar que as populações de onça têm conseguido se recuperar por causa da proibição da caça no Estado”, avalia. “Ao mesmo tempo, vemos que o homem tem invadido com loteamentos e com a produção agrícola o meio natural das onças-pardas.”

O zôo tem dois casais de lobos-guáras, mas não tem nenhum exemplar de onça-parda – também conhecida como suçuarana ou puma.

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Onça Parda
(Clica na imagem para ampliar)

Fonte: Bom Dia Bauru

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