sábado, 29 de setembro de 2007

Apreendidos 214 filhotes de papagaio ameaçado de extinção no Brasil

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul apreendeu hoje (25) 214 filhotes de papagaios da espécie Amazona aestiva (papagaio verdadeiro), em Ivinhema, a 320 quilômetros de Campo Grande (MS). Valdeir Ferreira da Silva, de 24 anos, e um menor de 17 foram presos. Um terceiro envolvido conseguiu fugir.
A região de Ivinhema, no extremo sul daquele Estado, concentra grande quantidade daquela ave, que iniciou no mês passado o ciclo de reprodução. "Uma oportunidade fantástica para os traficantes do gênero", comentou o capitão da Polícia Militar Ambiental e biólogo Ednilson Queiroz.
Os três traficantes de animais silvestres guardavam os filhotes dentro de uma caixa de papelão, em um buraco com quatro metros de profundidade, no quintal de uma residência. "Muitos desses bichinhos não resistem aos maus tratos e morrem", frisou o policial.
As aves, segundo Queiroz, são capturadas ainda sem as penas, para serem criadas em cativeiros para aprender hábitos, como o de imitar determinadas palavras e até frases dos criadores.
No mesmo município, no fim do mês passado, foram apreendidos outros 19 filhotes da mesma raça, também dentro de caixa de papelão. Os papagaios foram transportados por Ismael Antônio da Rocha, de 29 anos, e Cléber Cordeiro da Silva, 23, em uma motocicleta.
De agosto deste ano até hoje (25), foram apreendidos 300 filhotes naquela região, de acordo com Queiroz. "Todos os anos, quando chega o mês de agosto, os traficantes já sabem quantos filhotes poderão recolher. Eles pagam os empregados das fazendas para procurar ninhos e avisá-los. Pagaram até R$ 60 a unidade e poderiam vender em São Paulo por até R$ 200 cada."
EXTINÇÃO - Gláucia Helena Seixas, coordenadora do projeto "Papagaio-verdadeiro: manejo e conservação no Pantanal e Cerrado", lembrou que no Estado de São Paulo, o Amazonas aestiva que vive em média 70 anos, está na lista de extinção desde 1998
Os animais apreendidos em Mato Grosso do Sul são entregues ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), com sede em Campo Grande. No local, recebem duas mamadeiras por dia. Durante seis meses, são treinados para voar e se alimentar por conta própria. Após esse processo são libertados.
Fonte: Gazeta do Sul

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