sábado, 5 de abril de 2008

Expedição encontra 14 novas espécies no Cerrado

Pesquisadores de universidades brasileiras e da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) afirmam ter encontrado 14 "prováveis novas espécies de vertebrados" durante expedição na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins.

Os 26 pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Museu de Zoologia da USP, da Universidade Federal de São Carlos, da Universidade Federal do Tocantins e da CI-Brasil passaram 29 dias na reserva para o levantamento e mapeamento das espécies.

Ao todo, 440 espécies foram registadas: 259 aves, 61 mamíferos, 52 répteis, 40 anfíbios e 30 peixes.

Uma das 40 espécies de espécie de anfíbios registradas
Levantamento foi feito para aumentar conhecimento de biólogos sobre as espécies da região
Reserva estudada é a segunda maior unidade de conservação do Cerrado
Algumas das espécies de anfíbios registadas

Segundo o coordenador da expedição, o biólogo Cristiano Nogueira, do Programa Cerrado-Pantanal da CI-Brasil, entre as 14 prováveis novas espécies da região estão oito peixes, três répteis, um anfíbio, um mamífero e uma ave.

"Foram obtidos dados inéditos sobre a riqueza, a abundância e a distribuição da fauna de uma das mais extensas, complexas e desconhecidas regiões do Cerrado", afirmou o biólogo.

"Os novos dados geram uma visão melhor da riqueza de espécies da maior estação ecológica do cerrado, cuja fauna ainda era pouco estudada", acrescentou Nogueira.


Espécies ameaçadas

A expedição encontrou uma espécie de lagarto conhecida de poucas regiões do Cerrado na porção mais ameaçada da reserva, no planalto da Serra Geral, na Bahia.

A Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins foi criada em 2001. A reserva é a segunda maior unidade de conservação do Cerrado, com 716 mil hectares.

Além das 14 novas espécies, a expedição também obteve vários registos de espécies ameaçadas, como a arara azul grande, a suçuapara, o tatu-bola, o pato-mergulhão, entre outros.

"Esse tipo de levantamento é imprescindível para aumentar nosso conhecimento básico sobre a biologia das espécies", disse Luís Fábio Silveira, do Departamento de Zoologia da USP.

"A partir dele, podemos obter dados sobre a anatomia, a biologia reprodutiva, o ciclo de vida e a alimentação das espécies, o que nos auxilia em futuros programas de conservação", acrescentou.

O trabalho de campo da expedição foi encerrado e agora começa a fase de análise dos dados e comparação do material obtido.

Os resultados finais do estudo serão divulgados em publicações científicas, em congressos e em relatórios técnicos. Os dados serão usados para a elaboração do plano de manejo da estação ecológica.
Fonte: G1 (Brasil)

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